Devassa-se a realidade, à custa de não querê-la.
Sonha-se só com o impossível que se quer.
Tímida e sem contorno, a utopia aguarda,
ansiosa, de tomar consciência de si.
Viva o nada que é tudo!
Abaixo o tudo que é nada!
Ao menos por um instante, subvertem-se o plausível,
ponha-se em suspenso o evidente,
reduza-se a estilhaços tudo quanto é crível
e fique apenas esse pouco mais que nada,
essa pura possibilidade,
esse projecto sem forma nem matiz
que é o apelo mais rouco e fundo
que de nós brota, quando à vida se confessa.
Que cada um descubra cada Outro que há em si!
Seja cada dia um hino à vida generosa
e a felicidade o deus supremo de cada um.
Sonha-se só com o impossível que se quer.
Tímida e sem contorno, a utopia aguarda,
ansiosa, de tomar consciência de si.
Viva o nada que é tudo!
Abaixo o tudo que é nada!
Ao menos por um instante, subvertem-se o plausível,
ponha-se em suspenso o evidente,
reduza-se a estilhaços tudo quanto é crível
e fique apenas esse pouco mais que nada,
essa pura possibilidade,
esse projecto sem forma nem matiz
que é o apelo mais rouco e fundo
que de nós brota, quando à vida se confessa.
Que cada um descubra cada Outro que há em si!
Seja cada dia um hino à vida generosa
e a felicidade o deus supremo de cada um.
Rui Valada
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